quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Vivo

Vivo
Uma palavra e uma seta
Que para baixo apontava
Era mais uma pichação?

Uma duvida me perseguiu
Meio a tantos rabiscos esse
Talvez tivesse um significado
Vivo,habito,moro aqui

Uma suplica
Um pedido de socorro
Estou aqui deitado
Vivo ainda estou

Hei, estou aqui
No chão meio ao lixo
Descartado do seu mundo
Vivo e ninguém me vê

Acho que tive pai e mãe
Ou serei uma experiência
Franquisteianista e mal sucedida
Vivo, insisto em existir

Vejo pouco, ouço pouco
Como quase nada
Tenho alguns amigos
Visíveis e invisíveis

Dias e noites de conversas
Risadas e choro desmedidos
Entre amigos confidencias
De tudo que tive e perdi

Pra não esquecerem de mim
Por fim embaixo desta seta
A quem possa interessar,
Vivo ainda estou !








segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Abstrato

Sol dos meus desejos
Metade de mim
Tem desapego no por vir
A outra já não me pertence

Amo cada linha do tempo
Pintado no teu olhar
Emoldurado no meu coração
Abstrata perfeição do amor

Como uma obra de arte
Exposta num museu
De valor inestimável
Admirável mas intocável.